sábado, 29 de dezembro de 2012

O ÚLTIMO GUARDIÃO

O ÚLTIMO GUARDIÃO: Conta-se que na antiguidade, dois exércitos lutavam secretamente durante séculos.
A sua guerra era baseada na crença de que os Guardiães do Apocalipse, os JUSTOS existiam e que o julgamento final dependeria da sua sobrevivência.
Ambos actuavam em nome de Deus, mas com objectivos diferentes: Uns queriam proteger os Justos, enquanto os outro pretendiam destruí-los para regenerar a humanidade.
Após muito anos de conflitos, Theo, aconselhado a esconder-se na sua terra natal depois de uma tentativa de assassínio, aí encontra alguns conselheiros aos quais pede resposta e explicação para o que está a acontecer. Contudo os dois exércitos já estão no seu encalce...Será a morte do Último Guardião?

Ignoro se aquele país tinha ou não alguma Constituição a respeitar, mas sei que o nosso tem uma Constituição que é a LEI FUNDAMENTAL DO NOSSO PORTUGAL.
O seu guardião é o Presidente da República que na sua tomada de posse JUROU CUMPRIR E FAZER CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO.
Existe ainda um tribunal, O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL que tem a missão de fiscalizar essa mesma Constituição
Quando há dúvidas quanto ao seu incumprimento, compete ao seu GUARDIÃO zelar pelo seu cumprimento, podendo vetar as leis que a ofendam, enviá-las ao Tribunal Constitucional para fiscalização preventiva ou fiscalização sucessiva e, simplesmente promulgá-las quando não vê nelas quaisquer vestígios de inconstitucionalidade.
Ora o Orçamento para o ano de 2013 (inexiquível) contém, conforme muitos constitucionalistas, independentes e provenientes de várias áreas políticas, mas uma das medidas, aquela que se refere às pensões dos reformados é aquela que recebe de todos os especialistas a unanimidade quanto à sua descarada inconstitucionalidade.
Ora o senhor Presidente da República recolheu o parecer de alguns constitucionalistas, mas não mencionou o nome de nenhum deles.
Sendo que todos eram unânimes quanto à inconstitucionalidade da referida medida, recuso-me a acreditar que tenham "virado o bico ao prego".
Então não seria obrigatório submeter a fiscalização preventiva, pelo menos, esta medida?!
Isto significa que o GUARDIÃO foi falso quando JUROU CUMPRIR e FAZER CUMPRIR A CONSTITUÍÇÂO e essa atitude tem um nome.

Podemos agora afirmar que ele passou a ser o ÚLTIMO e ´FALSO GUARDIÃO

TENHO QUE DESABAFAR

TENHO QUE DESABAFAR: Há duas questões que considero de tamanha e escandalosa importância na vida do nosso país, que me faz recear vir um dia a ter vergonha de  dizer que sou português.
Comecemos pela chamada "crise" e pelo comportamento de quem devia ter a responsabilidade de nos governar.

Como é sabido, estamos numa situação de mendicidade que se tem vindo a agravar à medida que as medidas impostas pela "troika"vão sendo implementadas.
Tais medidas baseiam-se no princípio neoliberal de profunda austeridade, empobrecimento, destruição de tudo o que é público, como o S.N.Saúde, bem como a Escola pública ,  dando toda a preferência aos privados, pelo que as privatizações têm que ser feitas "custe o que custar, mesmo que se tenha de trincar a língua".
Tudo isto já tinha sido ensaiado pelo FMI noutros países, designadamente no Brasil e na Argentina, com os resultados nefastos que se conhecem.
Chegando a vez da Europa e falamos da Europa a 27, tudo se complicou, porque a solidariedade, princípio fundamental, que imbuía o espírito dos fundadores da CEE, hoje UE, esse espírito desapareceu.
Aproveitando-se da situação, a Alemanha, sob a batuta da srª Merkel, iniciou o IV Reich apoiada por Sarkozy.
Como é evidente, o resultado vai ser o desaparecimento do Euro, como moeda única, e destruição da UE tal como estava pensada.
Daí que tivessem surgido vozes, como a de François Hollande e do interior do próprio FMI, a contrariar essas medidas, tão só de austeridade impostas aos países ocupados pela "troika" e a recomendarem , a par, medidas de apoio ao crescimento e empregabilidade.
Mas o IV Reich parece imparável e teima em defender apenas os seus interesses.
O que me custa é o facto de, sendo Portugal um dos países ocupados, haja colaboracionistas neste país e, o mais grave, é que entre eles, figurem membros do governo, nomeadamente o primeiro-ministro.

A segunda questão diz respeito à Justiça em Portugal.                                                                                       Já não vou referir-me à letargia e sonolência que domina o Tribunal Constitucional que nada faz perante a legislação que tem vindo a ser publicada e que, como tem sido provado por vários constitucionalistas, violam os princípios constitucionais.
Apenas chamo a atenção para o que se tem passado nos últimos tempos na administração da Justiça, relevando o caso de Isaltino de Morais.
Como é possível deixar prescrever crimes provados em julgamentos de outras instâncias?!
Não tenho dúvidas em afirmar que existe uma justiça para ricos e outra  Justiça para pobres.
tenho vergonha que a nossa Justiça ombreie com aquela que é administrada nos países do chamado terceiro mundo.
Neste tema, pergunto como é possível recuar tanto no tempo e já sinto vergonha.

Hipocrisia, Mentira e Desonestidade

Hipocrisia, Mentira e Desonestidade: Vem tudo isto a propósito do segredo guardado durante um ano pelo primeiro-ministro Passos de Coelho, sobre o prazo para cumprimento dos ajustamentos acordados aquando da assinatura do "Memorando de Entendimento" assinado com a "troika" pelo Governo de Sócrates.
Segundo Passos de Coelho, interrogada por ele sobre a possibilidade de prorrogar por mais um ano o referido prazo, a "troika" teria respondido que tal já não era possível, porque o acordo já tinha sido assinado!!??
Vamos partir do princípio de que tudo isto foi verdadeiro, aconteceu mesmo e não foi sonho de Passos de Coelho.
Raciocinámos minimamente e somos levados a tecer algumas considerações:

1º. Lembram-se de Passos de Coelho, depois de eleito, ter declarado que nunca se aproveitaria dos erros cometidos pelo Governo de Sócrates para se desculpar de algum eventual fracasso do seu Governo?
Será por isso que demorou um ano a desvendar este segredo?

2º. Quando o tal acordo foi assinado, as condições económicas e financeiras  de Portugal, da UE e do Mundo foram ,ou não, substancialmente agravadas?

3º. Não referindo outras questões como, por exemplo o aumento do custo dos combustíveis, já eram conhecidos os "buracos" da Madeira, da banca; das Câmaras Municipais, etc?

4º. O que é mais grave é que, depois de já conhecidos todos estes "buracos" e outros,Passos de Coelho continuasse, irresponsavelmente, a afirmar que portugal NÃO NECESSITA NEM DE MAIS TEMPO, NEM DE MAIS DINHEIRO.

5º.. Será que Passos de Coelho ainda não entendeu os fracassos da sua miserável (des)governação, tomando inúmeras medidas que foram para além daquelas que foram preconizadas pela "troika"e colocaram o país numa situação de mendicidade da qual, dificilmente poderá sair?

6º. Quando será que este inexperiente e inábil político assume as suas próprias responsabilidades, altera as suas políticas recessivas e se junta aos outros países que, como nós endividados. necessitam da solidariedade da Europa, sobretudo da  Europa do euro?

A hipocrisia, a mentira e a desonestidade só prejudicarão a unidade e coesão social  e os políticos que não entendem isso,  nunca deveriam ocupar as "cadeiras" do Poder.



O REMÉDIO ERA VENENO

O REMÉDIO ERA VENENO: Ignoramos se , no consulado de Sócrates, o pack IV tivesse sido aprovado e o PSD tivesse colaborado, pelo menos, na medida em que o tem feito o PS, estaríamos na situação aflitiva em que nos encontramos.
Mas, não ignorando os erros do passado, o que é certo é que Sócrates viu-se obrigado a pedir socorro.
É aqui que os "amigos" resolveram acudir-nos, já que o "barco" navegava em águas muito agitadas.
Os "media" começaram a falar da "ajuda" e de uma coisa que apelidaram de "troika"que veio a saber-se ser uma equipa  chefiada por Jürgen Kröger,  Poul Thompsen e Rasmus Rüffer, em representação, respectivamente, da Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu, isto é, três funcionários que pouca gente  devia conhecer e que, por sua vez,  também desconheciam o nosso país.
Enfim, foi o que se pôde arranjar.
Dadas as circunstâncias económicas, financeiras e políticas em que Portugal se encontrava não permitia a um Governo demissionário contestar muitas das medidas que se sabia, desde logo,que não iriam resultar.
Uma delas, talvez a mais pornográfica, na minha opinião, foi o obrigar a  privatizar  com prazo indicado (vender ao desbarato) algumas das empresas consideradas estratégicas para qualquer Estado.
Enfim, a troco de um empréstimo de 78 mil milhões de euros, a entregar às pinguinhas e sob contolo e a uma taxa de juro que também só pode ser considerada própria de agiotas.
Mas eram "nossos amigos" e eles é que sabiam e cobram milhões sempre que se deslocam cá para fiscalizarem o "Estado da Nação".
Entretanto o Governo, legitimado por eleições livres e democráticas,entendeu que tudo estava bem resolvido e até decidiu que as metas a atingir ao fim dos três anos (período de duração do acordo) seriam cumpridas, custasse o que custasse, nem que fosse necessário trincar a língua.
Bons, ou melhor, óptimos alunos apostaram nesta estratégia e, depois de aplicarem tantas daquelas medidas ficaram muito surpreendidos com os resultados que agora têm vindo a conhecer, ao fim de um ano?!
Inocência ou ignorância?
Creio que ambos os substantivos podem ser utilizados. É que esta receita já tinha sido aplicada pelo FMI, designadamente no Brasil, na Argentina e, mais recentemente, na Grécia e sempre com resultados negativos.
A "troika", porém, entendeu fazer mais uma experiência em Portugal e os resultados, para já estão à vista: a dívida externa pública e privada aumentou substancialmente, Portugal ficou muito mais pobre, a recessão agrava-se, o PIB tem vindo a decrescer à medida que a economia vai sendo destruída, o desemprego disparou para valores nunca antes  atingidos e entrámos numa recessão em espiral da qual não nos poderemos livrar, sem que o acordo seja renegociado e sem nova intervenção de uma nova e verdadeira ajuda
Portugal tem toda a legitimidade para exigir verdadeiras medidas de ajuda e até ser indemnizado dos graves prejuízos que tem vindo a sofrer pelas medidas erradas que lhe foram impostas.
Os culpados são conhecidos e os nomes dos seus representantes estão acima indicados.
Como era de esperar e já referido por muitos economistas, a receita está errada e o remédio não é mais que veneno.
Vamos a ver se ainda haverá tempo para salvar o doente.



O REMÉDIO ERA VENENO

O REMÉDIO ERA VENENO: Ignoramos se , no consulado de Sócrates, o pack IV tivesse sido aprovado e o PSD tivesse colaborado, pelo menos, na medida em que o tem feito o PS, estaríamos na situação aflitiva em que nos encontramos.
Mas, não ignorando os erros do passado, o que é certo é que Sócrates viu-se obrigado a pedir socorro.
É aqui que os "amigos" resolveram acudir-nos, já que o "barco" navegava em águas muito agitadas.
Os "media" começaram a falar da "ajuda" e de uma coisa que apelidaram de "troika"que veio a saber-se ser uma equipa  chefiada por Jürgen Kröger,  Poul Thompsen e Rasmus Rüffer, em representação, respectivamente, da Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu, isto é, três funcionários que pouca gente  devia conhecer e que, por sua vez,  também desconheciam o nosso país.
Enfim, foi o que se pôde arranjar.
Dadas as circunstâncias económicas, financeiras e políticas em que Portugal se encontrava não permitia a um Governo demissionário contestar muitas das medidas que se sabia, desde logo,que não iriam resultar.
Uma delas, talvez a mais pornográfica, na minha opinião, foi o obrigar a  privatizar  com prazo indicado (vender ao desbarato) algumas das empresas consideradas estratégicas para qualquer Estado.
Enfim, a troco de um empréstimo de 78 mil milhões de euros, a entregar às pinguinhas e sob contolo e a uma taxa de juro que também só pode ser considerada própria de agiotas.
Mas eram "nossos amigos" e eles é que sabiam e cobram milhões sempre que se deslocam cá para fiscalizarem o "Estado da Nação".
Entretanto o Governo, legitimado por eleições livres e democráticas,entendeu que tudo estava bem resolvido e até decidiu que as metas a atingir ao fim dos três anos (período de duração do acordo) seriam cumpridas, custasse o que custasse, nem que fosse necessário trincar a língua.
Bons, ou melhor, óptimos alunos apostaram nesta estratégia e, depois de aplicarem tantas daquelas medidas ficaram muito surpreendidos com os resultados que agora têm vindo a conhecer, ao fim de um ano?!
Inocência ou ignorância?
Creio que ambos os substantivos podem ser utilizados. É que esta receita já tinha sido aplicada pelo FMI, designadamente no Brasil, na Argentina e, mais recentemente, na Grécia e sempre com resultados negativos.
A "troika", porém, entendeu fazer mais uma experiência em Portugal e os resultados, para já estão à vista: a dívida externa pública e privada aumentou substancialmente, Portugal ficou muito mais pobre, a recessão agrava-se, o PIB tem vindo a decrescer à medida que a economia vai sendo destruída, o desemprego disparou para valores nunca antes  atingidos e entrámos numa recessão em espiral da qual não nos poderemos livrar, sem que o acordo seja renegociado e sem nova intervenção de uma nova e verdadeira ajuda
Portugal tem toda a legitimidade para exigir verdadeiras medidas de ajuda e até ser indemnizado dos graves prejuízos que tem vindo a sofrer pelas medidas erradas que lhe foram impostas.
Os culpados são conhecidos e os nomes dos seus representantes estão acima indicados.
Como era de esperar e já referido por muitos economistas, a receita está errada e o remédio não é mais que veneno.
Vamos a ver se ainda haverá tempo para salvar o doente.



O SALVADOR da PÁTRIA

O SALVADOR da PÁTRIA: É assim que quer ser conhecido este imberbe e inexperiente primeiro-ministro.
Além de outras, ficam célebres as expressões, "custe o que custar, nem que seja preciso trincar a língua e que se lixem as eleições".
Para isso, chamou para ministro das finanças um tecnocrata neoliberal que se revelou o maior "bluff" introduzido na política portuguesa dos últimos anos.
O neoliberalismo, oriundo da Escola de Chicago foi pensado como a melhor resposta à crise do capitalismo no ambiente da globalização que então se vivia e vive.
A ausência ou ineficácia das entidades reguladoras e fiscalizadoras, deu origem a que se praticassem graves trafulhices e abusos criminosos nos meios financeiros e bancários.
A grande economia dos EUA sofreu um tremendo abanão do qual ainda não se conseguiu livrar e que logo teve nefastos reflexos em quase todos os países do mundo, atingindo, desde logo e mais profundamente os países da UE.
E é assim que Portugal se vê enredado e se torna uma das maiores vítimas das políticas seguidas e orientadas pelos países que mais têm lucrado e dominam a UE.
Esta organização que foi criada com as melhores intenções de solidariedade e paz entre os homens, zelando pelo seu bem-estar e felicidade, logo se transformou por forma a desumanizar o homem e a sociedade, olhando tão só para o dinheiro e lucro, tratando os homens como simples números.
É neste contexto que surgem as expressões acima referidas e que Passos de Coelho utilizou.
Elas surgiram porque significam que o que é preciso é salvar este capitalismo selvagem.
Atente-se que feito o memorando de entendimento com a "troika", aquele que por circunstâncias várias, o pobre governo de Sócrates se viu obrigado a aceitar, porque, internamente só havia inimigos, as medidas impostas que já de si eram gravosas foram ainda mais agravadas pelo actual governo, porque entendeu que o dogmatismo dos princípios em que assentavam eram os únicos correctos, como há poucos dias referiu  o feirante e viajante Paulo Portas.
Bons alunos, os membros do governo começam agora a dar mostras de nervosismo, porque nenhuma das metas parece poder cumprir-se.
Toda a gente, e não só economistas, sabe que vai ser necessário mais tempo e mais dinheiro, mas o primeiro-ministro e agora o PR, pretendem recorrer aos ensinamento de uma lenda que teria nascido de um acontecimento ocorrido em Monção no Sec .XIV. Trata-se da lenda de Deu-La-Martins que depois de tantos dias de cerco ao castelo pelos Castelhanos e quando pouco mais havia para resistir, conseguiu com uns restos de farinha fazer alguns pães. E para mostrar que dentro do Forte ainda abundava comida, subiu ao alto das muralhas e atirou os pães para cima do inimigo esfomeado e que logo debandou.
assim está Passos e o economista cavaco Silva, só que já estamos no Sec.XXI.
Para concluir terei que dizer que, depois de todos os disparates cometidos, os homens da "troika" já por 4 vezes teceram grandes elogios aos bons alunos que cumpriram as medidas que preconizaram e fiscalizaram.
Como nada resultou, as medidas estavam erradas, pelo que é tempo de responsabilizar a "troika" e os seus mandantes e necessariamente exigir compensações pelos estragos cometidos.
Custe o que custar, nem que seja preciso trincar a língua.

CORRUPÇÃO. SIM ou NÃO

CORRUPÇÃO. SIM ou NÃO: Quando há poucos dias o Bispo das Forças Armadas se referiu à existência de corrupção no seio do Governo, muita gente murmurou e houve até críticos, como o PROFESSOR DOUTOR ENCICLOPÉDICO, Marcelo Rebelo de Sousa entendeu que tal denúncia era exagerada pela linguagem que utilizou.
Esquece-se aquele PROFESSOR DOUTOR ENCICLOPÉDICO que há pessoas que por interesses pessoais, como ele próprio, se calam para não perderem o "tacho", mas que, felizmente existem outras que se sentem na obrigação de denunciar publicamente as atrocidades que têm vindo a ser cometidas.
Por maioria de razão e por obrigação moral  e religiosa de quem não se limita apenas a "bater com a mão no peito", mesmo que vá à missa todos os dias, deveria caber aos católicos e à própria Igreja que os representa denunciar toda esta corrupção que tem sido a desgraça de todo um povo que está a sofrer.
Mas isto não é novo e todos se lembram do papel desempenhado antes do 25 de Abril, por D. António, Bispo do Porto, numa época e circunstâncias ainda mais difíceis .
Quando se devia admirar e elogiar a coragem destes HOMENS, eis que saltam alguns repteis e ratazanas a zurzir nas costas de quem se limita a cumprir a sua missão.
Então existe ou não corrupção em Portugal com o acolhimento e até fomentada por este Governo?
Será novidade para alguém?
Vamos ilustrar com um facto concreto: O ministro Miguel relvas precisava de viajar e não lhe bastava os três motoristas cedidos pela Secretaria Geral dos Assuntos Parlamentares, logo decidiu contratar por ajuste directo um novo motorista por € 73.446.00 (publicação-24.11.2011, procedimento381418, tipo-ajuste directo, Adjudicante-Gab. do ministro adjunto e dos Ass. parlamentares, Adjudicatário-Alexandre José Pinheiro Meireles, preço contratual-€ 73.446.00).
E quem é este Meireles? Nada mais, nada menos que um motorista do grupo parlamentar do PSD que tinha  pedido a demissão que foi aceite em Março de 010. Coincidência ou apadrinhamento?
Chamemos a este caso "não assunto"
Entretanto, aproveito para perguntar se soube ou ouviu algum alarido sobre as entrevistas recentemente dadas a um canal de TV e a um Jornal diário pelo Dr. Paulo Morais, vice-presidente da Organização Transparência Internacional ? Alguém se revoltou ou contestou quanto ao facto de Paulo Morais ter afirmado que o Centro da da corrupção está na Assembleia da República, dando vários exemplos e referindo até nomes?
É que, segundo o mesmo, há muitos deputados que são simultâneamente administradores de empresas e a lei favorece esses abusos. É nesse sentido que o dr.Marinho Pinto defende que os advogados deveriam ser obrigados a deixar de exercer a profissão, a partir do momento da sua eleição para o Parlamento.
Toda a gente sabe que existem muitos casos de promiscuidade entre o poder político e os privados.
Vejamos este:
- A "Troika" sugere no "memorandum" a VENDA do Negócio SAÚDE da CGD;
- O governo nomeou, entretanto, o dr. António Borges para consultor para as privatizações (leia-se VENDAS) das empresas públicas e/ou com capitais públicos;
- Por coincidência ou não, a Jerónimo Martins (Grupo Soares dos Santos -o homem mais rico de Portugal )
para seu Administrador, MANTENDO as  funções antes referidas para as quais o governo o nomeou.
- Entretanto, este mesmo Grupo Soares dos Santos) veio anunciar a criação de um novo negócio de SAÚDE.
- Por outro lado, a "Troika" exige agora a VENDA URGENTE do NEGÓCIO SAÚDE da CGD.
Será que o Bispo não tem razão?
Perante tudo isto, não posso deixar de repudiar a atitude ignóbil de António Mexia, O TESTA DE FERRO DA EDP e de MAIS QUALQUER COISA, ao afirmar que pretende publicar uma lista com o nome dos clientes devedores àquela empresa, desde que tal dívida atinja € 75, sabendo-se que essa mesma empresa apresenta o lucro de TRÊS MILHÕES de EUROS POR DIA.
Será que ele acredita que a maior parte dos devedores não pagam porque não querem?
Que moralidade terá um homem como ele que tem um vencimento mensal superior ao que a maior parte dos trabalhadores ganham durante toda uma vida.
DONDE LHE VEM TANTO PODER E IMBECILIDADE? Ou será só MALDADE?

A INFORMAÇÃO QUE NOS É SONEGADA

A INFORMAÇÃO QUE NOS É SONEGADA: Sabemos que é tempo de férias e o ócio apodera-se de nós, mas há assuntos cuja divulgação, mesmo assim, deveria ser obrigatória, até porque, sendo do nosso interesse, todos merecemos aprender e saber mais qualquer coisita.
Passada toda a euforia para uns e tristeza para outros, aquando dos resultados das eleições presidenciais francesas, tudo parece ter adormecido e ninguém mais falou do que a seguir aconteceu!
Entedemos, por isso e como obrigação, salientar as medidas que, em menos de dois meses, foram tomadas e postas em execução.
Que bom seria que os nossos governantes apredessem um pouco do que, em tão curto espaço de tempo, já se fez em França, pelo que passamos a enumerar algumas dessas medidas:
- Supressão da maior parte dos chamados "carros oficiais", procedendo-se desde logo ao seu leilão e cujo produto reverteu a favor do Fundo da Previdência e se destina a auxiliar as populações mais carenciadas, sobretudo as que habitam os subúrbios dos centros urbanos(carácer social).
- Publicação de documento enviado e ordenando a todos os ógãos que dependem do governo central que fossem abolidos todos os "automóveis empresa" que estavam distribuídos a "executivos", regalia que constituia uma discriminuição injustificável. Hollande chega mesmo a escrever que "se um executivo que ganha mais de 650 000/ano não consegue comprar uma boa viatura com o rendimento do trabalho, só pode significar que é demasiado ambicioso, estúpido ou desonesto e como tal, a nação não precisa de nemhuma dessas figuras".
Da venda dessas viaturas resultou o montante de 345 milhões de euros, o qual foi aproveitado para criar (iniciado-se a sua abertura já em 15 de Agosto corrente) 175 Institutos de Pesquisa Científica Avançada de Alta Tecnologia, dando emprego a 2560 jovens cientistas desempregados, por forma a aumentar a competitividade e produtividade do país.
- Foi publicado um decreto presidencial que determina a criação de uma sobretaxa de emergência de 75% que incide sobre os impostos que já pagam as famílias que aufiram mais de 5milhões de euros/ano.
Com esse dinheiro e sem afectar o orçamento, espera-se que sejam contratados cerca de 59 000 diplomados desemptregados, dos quais 6 900 já o foram a partir de 1 de Julho último, seguindo-se-lhes12 500 já a partir de Setembro próximo e os restantes de acordo com as necessidades.
Estes diplomados são contratados como professores na Escola Pública.
- A Igreja ficou privada dos subsídios estatais que recebia no valor de 2,3 milhões de euros que financiavam exclusivamente escolas privadas e com esse dinheiro foi posto em funcionamento um plano que prevê a construção de 4 500 creches e 3 700 escolas primárias, procedendo-se à recuperação e investimento em infraestruturas nacionais.
- Entretanto, foi criado um bónus-cultura" presidencial que permite a qualquer pessoa pagar zero impostos que se estabeleça (tipo cooperativa) e abra uma livraria independente e contrate, pelo menos, dois licenciados cesempregados que constem da respectiva lista oficial.
- Abolição de todos os subsídios do governo pra as Revistas, Fundações e Editoras, substituindo-as por Comissões de Empreendedores Estatais destinadas a financiar acções e actividades culturais, apresentando planos de negócios relativos a estrtégias de marketing avançado.
- Através de um mecanismo algo complexo, é desafiada a Banca a financiar empresas nacionais que se dediquem à produção de bens e serviços, sendo que os benefícios fiscais a obter pelos Bancos serão tanto maiores, quanta a facilidade e benefícios dos empréstimos que concedem a essas empresas.
Escusado será dizer que, logo que o novo governo entrou em funções, foi reduzido em 25% o salário de todos os funcionários do governo, em 32% o de todos os deputados e em 40% o de todos os altos funcionários públicos que aufiram mais de 800 000€/ano.
Que diferença entre tudo isto e o que se fez e continua a fazer neste pobre país que se chama Portugal!!!
Por que é que estas medidas não têm tido eco nos nossos "Media" !!??

Os disfarces dos patriotas

Os disfarces dos patriotas: Aproveitando-se da miséria em que este país vive para o que este governo tem vindo a contribuir, o grupo que domina a cadeia de supermercados "Pingo Doce" teve uma ideia peregrina: "vamos ajudar os pobres consumidores neste 1º. de Maio, já que é o Dia do Trabalhador" e os trabalhadores merecem a nossa consideração.
Devo lembrar e salientar que que este "grupo filantrópico"já antes tinha praticado uma boa ação ao transferir a sua Sede para a Holanda, como que a desafiar este governo protetor dos grandes grupos empresariais, mesmo  em prejuízo do erário público.
Com tanto desemprego e com um código do trabalho constantemente alterado por forma a retirar cada vez mais direitos aos trabalhadores, em nome da competitividade, estes"patriotas filantrópicos" cuja maior parte dos empregados estão em situação de precaridade, desta vez quiseram desafiar os sindicatos e as suas centrais.
Sabendo que os seus trabalhadores precários não podiam dizer que não, resolveram pô-los a trabalhar no FERIADO do 1º.de MAIO, fazendo uma gigantesca promoção ao cobrarem apenas 50% da despesa feita nesse dia, desde que o seu valor fosse superior a 100€ !!!
Como é evidente, foi grande a confusão e muitas as brigas, porque iludidos e face à situação economicamente instável em que vivem as famílias, todos queriam ter a oportunidade de comprar mais barato.
E como é normal e próprio das grandes-superfícies comerciais, as pessoas compram o que precisam e, muitas vezes, aquilo de que não precisam.
Conclusão:
1º. Muitos dos compradores estarão agora arrependidos por ter gasto muito dinheiro e terem comprado artigos perfeitamente dispensáveis;

2º. O grupo filantrópico em causa ou fez uma operação ilegal de "dumping" (vendas abaixo do custo" ou tem roubado escandalosamente os habituais clientes nos restantes dias do ano e sempre que não faz este tipo de promoções.

3º.Este governo é conivente e assobia para o lado, porque já demonstrou que o que nos pode salvar,pondo os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.

Julgo que os paroquianos já começaram a despertar e a abrir os olhos e a situação não vai demorar a ser alterada.
Este tipo de filantropos tem mostrado uma falta incrível de dignidade e respeito pelo nosso país e por este povo que tantos sacrifícios tem vindo a fazer.
É pena e vergonhoso!

Os mercados e a falta de vergonha

Os mercados e a falta de vergonha:
Os líderes parlamentares do PSD e do CDS coincidem ao defender que o acto adicional aos Tratados Europeus é uma forma "desajustada" e que a alternativa ao seu "chumbo"teria como resultado maior desemprego e mais instabilidade social.
Como dizia Nietzche "O encanto do conhecimento seria pequeno se pelo caminho não tivesse que ser superada tanta Vergonha".
Na realidade, estamos num processo em que os actuais dirigentes da UE passaram a não respeitar minimamente os princípios e os fundamentos que levaram à criação da CEE e,  pelo contrário, têm vindo a remar contra todos os esforços que animaram os seus fundadores.
Sob o ponto de vista legislativo, os países, sobretudo aqueles que vivem momentos mais difíceis, estão a perder a sua soberania ao submeterem-se a agentes anónimos a que chamam "MERCADOS".
Exemplo disso é o que se passa em Portugal, onde as Leis  quase não existem e em que a própria Constituição é letra morta com a aquiescência do Presidente da República e com o vergonhoso consentimento do Tribunal Constitucional.
Daí que todas as políticas que nos são impostas ou determinadas pelo governo nos tragam mais  austeridade, recessão, empobrecimento e galopante desemprego, realidades que, infelizmente, todos podemos diariamente constatar.
Mas, aqueles que enriqueceram à custa dos países do Sul da Europa gananciosamente vão impondo cada vez mais políticas recessivas, cujos resultados já conhecem.
Mas estupidamente, estes países que mais têm sofrido com tais medidas, não são capazes de se juntarem e tomarem uma posição comum contra a tal ganância dos ditos "MERCADOS" e de quem os mesmos são executores.
Mas não. Não têm a dignidade que seria de esperar para lutarem, em conjunto, contra tais imposições que só os empobrecem!!!
Mas, no que diz respeito a Portugal, a questão ainda é mais grave, uma vez que, para mostrar a sua obediência ( diria melhor subserviência)  e disciplina quer colocar-se à frente da carroça para ser dos primeiros a ajoelhar-se para aceitar tudo aquilo a que nos obrigam com toda a indignidade.
É preciso ratificar, "custe o que custar, nem que seja necessário trincar a língua".
É que temos medo que venha aí a instabilidade social e mais desemprego!!!???
Este governo colocou o povo na situação de indigência, por falta de vergonha e do mínimo de dignidade.

Viajar no escuro

Viajar no escuro: Quando este governo, após tanta difamação, quis apanhar "o Pote",a maioria dos portugueses ficaram cheios de esperança, até porque as promessas que fez, durante e depois da campanha eleitoral eram apetecíveis e o actual primeiro-ministro aparentava  grande credibilidade e honestidade.
Pouco depois tudo se esfumou com os aumentos de impostos, a falência crescente de empresas e insolvência das pessoas a nível individual, os cortes nos vencimentos, o corte no subsídio de Natal, o empobrecimento, a recessão e o galopante aumento do desemprego.
Vieram depois as aldrabices os auto-elogios e os incríveis elogios de elementos destacados da UE e do FMI.
Éramos o exemplo dos países bem comportados e cumpridores!
Durante  o corrente ano continuaram a fazer-se as desvalorizações internas, já que não temos moeda própria para desvalorizar.
Com a nossa soberania, também desvalorizada, vendemos e continuamos a vender empresa, sabendo-se que algumas delas são e serão estratégicas.
Nunca protestamos demasiadamente, mesmo as medidas objectivamente erradas. O que interessava era SERMOS CUMPRIDORES.
Mais aldrabices sobre a data para a reposição dos dois meses roubados aos funcionários públicos e aos PENSIONISTAS, até que o ministro que fala "au ralenti" foi obrigado, perante insofismável provas, a confessar que se enganou??!!
Tudo, porque se vão aproximando os anos em que vai haver eleições.
Mas os paroquianos parecem ter acordado e chegado à conclusão que afinal este governo é escandalosamente mais aldrabão e impreparado do que o  que o precedeu.
Todos os índices macroeconómicos são piores do que o próprio governo tinha previsto e a recessão, a pobreza e o desemprego continuam a aumentar assustadoramente.
E o que é feito do dinheiro dos impostos, daquele que nos roubaram e do que a "troika" já nos entregou??!!
O governo está sem qualquer rumo e nós continuamos a viajar no escuro. ATÉ QUANDO???

Ignorância, insensibilidade e frieza

Ignorância, insensibilidade e frieza:


Foi com espanto e indignação que ouvi ontem o primeiro-ministro dizer que o desemprego não constitui um drama, mas a oportunidade de se aprender com os erros cometidos e conseguir mais competências para se voltar a arranjar emprego.
tudo na perspectiva de adaptação aos novos tempos que se vivem nas sociedades modernas.
Entretanto, no dia anterior, numa conferência(?) para alunos alemães(?) tinha ouvido o ministro das finanças referir, mais ou menos o seguinte: o ser humano tem toda a capacidade de ultrapassar situações difíceis, tal como a morte de um familiar e outros desgostos, mas o desemprego constitui um dos problemas em que o ser humano mais se ressente e passível de corroer a auto-estima e por isso, muito difícil de vencer.
Visões contraditórias sobre o grave problema do desemprego que em Portugal já vai em mais de 15% da população activa e ataca sobretudo os jovens, muitos deles apetrechados com cursos superiores.



Mas quem são estes políticos que nos (des)governam, sabendo-se que o desemprego tem tendência a aumentar face às medidas recessivas impostas pela troika e agravadas por um governo que se curva e rasteja, porque tem partida a coluna vertebral, tendo receio de desobedecer e ser visto como não bom aluno.
É que este primeiro-ministro é um político que sempre se movimentou dentro da política e com os favores dos políticos do partido a que pertence. Ignorante e feito à pressa, não tem a noção das realidades e dos dramas vividos por tantas famílias.
Todos se lembram do seu apelo feito à juventude para resolver a sua situação, recorrendo à emigração.
É esta a solução que ele tem para os problemas e que não tem escondido. Ele sabe que não vai ficar no desemprego quando largar "O POTE", porque se protegem uns aos outros. De salientar que muitos dos políticos, muito deles já na idade da reforma, continuam agarrados a dois e mais tachos, roubando o emprego a jovens mais idóneos e competentes.
Já o ministro das finanças, como diz o Prof. de Coimbra, Boaventura de Sousa Santos, é um português, mas com passaporte alemão. Olha pelo seu futuro ao qual não é estranho o apreço que lhe dedica o seu colega da Alemanha, que para ele anda a procurar um lugar de destaque na cena internacional.
Posto isto, que temos a esperar destes inaptos, ignorantes, insensíveis e frios políticos??!!
A História os julgará, já que tanta mentira ou lapsos(?) inventaram, bem como promessas por cumprir, traíndo os que neles votaram.

Estou certo que todos aprenderão com os erros cometidos, mesmo o primeiro-ministro, bem como o ministro das finanças.

sábado, 27 de outubro de 2012

O MARATONISTA

Para o ministro das finanças, especializado em atletismo, mais exactamente em corridas de fundo, a salvação  de Portugal passa por vencer a maratona.
Segundo o referido e surpreendente especialista," Portugal está a dois terços da maratona, ou seja, por volta do 27º. quilómetro e que agora é preciso ter força de vontade, é preciso ter vontade de vencer".
Mais refere que "uma maratona torna-se cada vez mais difícil de vencer e os atleta têm os seus maiores desafios na fase final da maratona. É isso exactamente o que acontece com o programa de ajustamento".
Estas afirmações poéticas trazem-me à memória a trágica morte de Francisco Lázaro, o atleta português que soçobrou a 14 de Julho de 1912 quando disputava a prova da maratona integrada nos Jogos Olímpicos que se realizavam em Estocolmo, naquele ano.
A sua última queda, aquela que seria a fatal, ocorreu quando percorria o 29º. quilómetro. Já antes tinha cambaleado várias vezes, mas a sua enorme força de vontade permitiu-lhe que pudesse prosseguir até que já nem sequer raciocinar,  foi-se socorrendo da  sua teimosia exasperada.
Tudo isso,porém, de nada valeu e ao 29º quilómetro acabou por vacilar e já não pôde levantar-se mais.
Segundo testemunhos da época, havia uma corrente no âmbito do atletismo que defendia que para provas que exigiam maior desgaste físico, os atletas deveriam consumir uma mistura ou mistela a que chamavam "emborcação", constituída por 4 claras de ovo, uma gema, 450ml de água, 700ml de essência de terebentina  e 70g de ácido acético.
Acresce que Lázaro, antes de iniciar a prova, ter-se-ia besuntado com sebo, facto que teria contribuído para que os poros ficassem obstruídos. Também não usou qualquer protecção da cabeça em ambiente de sol aberto, a u ma temperatura  sufocante de 32º.
O que é certo é que o resultado foi funesto, sendo que a sua morte ocorreu porque teria entrado em desequilíbrio  hidro-electrolítico irreversível e consequentemente, em colapso.
Diz-se que, antes de partir para Estocolmo, Lázaro teria afirmado solenemente que "ou ganho ou morro".
Provou-se assim que a coragem, a força de vontade  não foram suficientes para a vitória.
Provou-se, por outro lado que a "emborcação", o facto de não se proteger contra as condições climáticas, os erros cometidos e a sua teimosia acabaram por contribuir para a sua derrota e, no limite, a sua morte.
Conclusão:
O nosso ministro das finanças, convertido agora também em especialista de maratonas, tinha obrigação de conhecer estas pequenas mas simbólicas estórias.
Aprender que Francisco Lázaro desfaleceu e não pôde mais levantar-se ao 29º quilómetro, facto muito importante e a fixar.
Seria bom que abandonasse por uns tempos os estudos sobre atletismo e cuidasse melhor do interesses de Portugal e dos portugueses, e analisasse os erros que até agora cometeu com a sua casmurrice.
Que meta na sua cabecinha e sem precisar de gaguejar que Portugal nunca poderá sair da crise apenas pelos seus próprios meios e que necessária e  obrigatoriamente que se estão a verificar alterações nas políticas a nível europeu.
Tem de se convencer que está errado nas políticas que tem prosseguido e que é  chegada a hora de inverter a sua marcha, já que nos estamos a aproximar do 29º. quilómetro da nossa maratona.



terça-feira, 16 de outubro de 2012

GASPAR DIXIT

A proposta do OE para 2013 foi ontem apresentada na Assembleia da República. Antes, porém, Victor Gaspar, ministro escolhido, não sei porque artes nem por quem , para chefiar o ministério das finanças neste governo, advertiu em monólogo televisivo que não havia qualquer margem para que as medidas referidas naquela proposta pudessem ser mitigadas.
Mais advertiu que ou aquele OE ou o Caos.
Sabendo-se da insatisfação, incredulidade, falta de esperança e desespero da maioria esmagadora da população que deixou de confiar neste governo que errou todas as metas que constavam no OE para o ano em curso;
Sabendo-se, ainda que todos os partidos da oposição e, mesmo o CDS, partido da coligação não partilha do aumento de impostos, porque se atingiu já a saturação fiscal, Gaspar insiste na presente proposta que a contenção do défice se deve fazer pelo lado da receita (81%) e 19% pelo lado despesa.
Como é evidente, as medidas atingem ainda maior gravidade do que aquelas que constavam do OE de 2012.
Todos os economistas das mais variadas áreas políticas, excepto Victor Bento (um senhor careca que aparece muitas vezes na TV, alegam que será muito difícil cumprir o OE tal como consta da proposta, e sendo que a maior parte deles declara mesmo que o seu cumprimento não é exequível, mas encontram,no entanto, em Victor Gaspar, a maior, melhor e, talvez, a única "cabecinha pensadora" a argumentação proferida ex cáthedra que a escolhida por si é a Única VIA.

Apesar deste OE ser apelidado de DESASTRE NACIONAL, SAQUE , BOMBA de NAPALM, etc., Gaspar  mantém-se firme na sua obstinação, teimosia e casmurrice.
Até há pouco tempo, eu não entendia a sua estranha atitude, mas o segredo foi desvendado naquele monólogo televisivo que antes referi.
Gaspar afinal tem uma dívida para com o Estado Português. É que o Estado eu, você e todos os outros portugueses) investiu muito na sua formação durante décadas e daí que ele se sinta na obrigação e dever de compensar o Estado, nem que seja para o destruir.
Repare-se ainda no primarismo intelectual e político desta "cabecinha pensadora ao advertir o povo português e os deputados que o representam na Assembleia da República ao declarar que ou este OE ou o caos.
Com esta ameaça, aquela "cabecinha pensadora", não só despreza e desrespeita o povo português, como os próprios deputados ao pretender transformá-los em meras  marionetas humanas.
A isto chama-se ultrapassar os limites, já não digo os limites da ignorância, mas da imbecilidade.
Senhor ministro, em meu nome e dos restantes portugueses perdoo-lhe a dívida que tem para com o Estado, mas, em contra partida, peço-lhe encarecidamente que se vá embora e não regresse a este país, a não ser que algum dia tenha que responder perante a Justiça.

domingo, 5 de agosto de 2012

A INFORMAÇÃO QUE NOS É SONEGADA

Sabemos que é tempo de férias e o ócio apodera-se de nós, mas há assuntos cuja divulgação, mesmo assim, deveria ser obrigatória, até porque, sendo do nosso interesse, todos merecemos aprender e saber mais qualquer coisita.
Passada toda a euforia para uns e tristeza para outros, aquando dos resultados das eleições presidenciais francesas, tudo parece ter adormecido e ninguém mais falou do que a seguir aconteceu!
Entedemos, por isso e como obrigação, salientar as medidas que, em menos de dois meses, foram tomadas e postas em execução.
Que bom seria que os nossos governantes apredessem um pouco do que, em tão curto espaço de tempo, já se fez em França, pelo que passamos a enumerar algumas dessas medidas:
- Supressão da maior parte dos chamados "carros oficiais", procedendo-se desde logo ao seu leilão e cujo produto reverteu a favor do Fundo da Previdência e se destina a auxiliar as populações mais carenciadas, sobretudo as que habitam os subúrbios dos centros urbanos(carácer social).
- Publicação de documento enviado e ordenando a todos os ógãos que dependem do governo central que fossem abolidos todos os "automóveis empresa" que estavam distribuídos a "executivos", regalia que constituia uma discriminuição injustificável. Hollande chega mesmo a escrever que "se um executivo que ganha mais de 650 000/ano não consegue comprar uma boa viatura com o rendimento do trabalho, só pode significar que é demasiado ambicioso, estúpido ou desonesto e como tal, a nação não precisa de nemhuma dessas figuras".
Da venda dessas viaturas resultou o montante de 345 milhões de euros, o qual foi aproveitado para criar (iniciado-se a sua abertura já em 15 de Agosto corrente) 175 Institutos de Pesquisa Científica Avançada de Alta Tecnologia, dando emprego a 2560 jovens cientistas desempregados, por forma a aumentar a competitividade e produtividade do país.
- Foi publicado um decreto presidencial que determina a criação de uma sobretaxa de emergência de 75% que incide sobre os impostos que já pagam as famílias que aufiram mais de 5milhões de euros/ano.
Com esse dinheiro e sem afectar o orçamento, espera-se que sejam contratados cerca de 59 000 diplomados desemptregados, dos quais 6 900 já o foram a partir de 1 de Julho último, seguindo-se-lhes12 500 já a partir de Setembro próximo e os restantes de acordo com as necessidades.
Estes diplomados são contratados como professores na Escola Pública.
- A Igreja ficou privada dos subsídios estatais que recebia no valor de 2,3 milhões de euros que financiavam exclusivamente escolas privadas e com esse dinheiro foi posto em funcionamento um plano que prevê a construção de 4 500 creches e 3 700 escolas primárias, procedendo-se à recuperação e investimento em infraestruturas nacionais.
- Entretanto, foi criado um bónus-cultura" presidencial que permite a qualquer pessoa pagar zero impostos que se estabeleça (tipo cooperativa) e abra uma livraria independente e contrate, pelo menos, dois licenciados cesempregados que constem da respectiva lista oficial.
- Abolição de todos os subsídios do governo pra as Revistas, Fundações e Editoras, substituindo-as por Comissões de Empreendedores Estatais destinadas a financiar acções e actividades culturais, apresentando planos de negócios relativos a estrtégias de marketing avançado.
- Através de um mecanismo algo complexo, é desafiada a Banca a financiar empresas nacionais que se dediquem à produção de bens e serviços, sendo que os benefícios fiscais a obter pelos Bancos serão tanto maiores, quanta a facilidade e benefícios dos empréstimos que concedem a essas empresas.
Escusado será dizer que, logo que o novo governo entrou em funções, foi reduzido em 25% o salário de todos os funcionários do governo, em 32% o de todos os deputados e em 40% o de todos os altos funcionários públicos que aufiram mais de 800 000€/ano.
Que diferença entre tudo isto e o que se fez e continua a fazer neste pobre país que se chama Portugal!!!
Por que é que estas medidas não têm tido eco nos nossos "Media" !!??

sexta-feira, 27 de julho de 2012

CORRUPÇÃO. SIM ou NÃO

Quando há poucos dias o Bispo das Forças Armadas se referiu à existência de corrupção no seio do Governo, muita gente murmurou e houve até críticos, como o PROFESSOR DOUTOR ENCICLOPÉDICO, Marcelo Rebelo de Sousa entendeu que tal denúncia era exagerada pela linguagem que utilizou.
Esquece-se aquele PROFESSOR DOUTOR ENCICLOPÉDICO que há pessoas que por interesses pessoais, como ele próprio, se calam para não perderem o "tacho", mas que, felizmente existem outras que se sentem na obrigação de denunciar publicamente as atrocidades que têm vindo a ser cometidas.
Por maioria de razão e por obrigação moral  e religiosa de quem não se limita apenas a "bater com a mão no peito", mesmo que vá à missa todos os dias, deveria caber aos católicos e à própria Igreja que os representa denunciar toda esta corrupção que tem sido a desgraça de todo um povo que está a sofrer.
Mas isto não é novo e todos se lembram do papel desempenhado antes do 25 de Abril, por D. António, Bispo do Porto, numa época e circunstâncias ainda mais difíceis .
Quando se devia admirar e elogiar a coragem destes HOMENS, eis que saltam alguns repteis e ratazanas a zurzir nas costas de quem se limita a cumprir a sua missão.
Então existe ou não corrupção em Portugal com o acolhimento e até fomentada por este Governo?
Será novidade para alguém?
Vamos ilustrar com um facto concreto: O ministro Miguel relvas precisava de viajar e não lhe bastava os três motoristas cedidos pela Secretaria Geral dos Assuntos Parlamentares, logo decidiu contratar por ajuste directo um novo motorista por € 73.446.00 (publicação-24.11.2011, procedimento381418, tipo-ajuste directo, Adjudicante-Gab. do ministro adjunto e dos Ass. parlamentares, Adjudicatário-Alexandre José Pinheiro Meireles, preço contratual-€ 73.446.00).
E quem é este Meireles? Nada mais, nada menos que um motorista do grupo parlamentar do PSD que tinha  pedido a demissão que foi aceite em Março de 010. Coincidência ou apadrinhamento?
Chamemos a este caso "não assunto"
Entretanto, aproveito para perguntar se soube ou ouviu algum alarido sobre as entrevistas recentemente dadas a um canal de TV e a um Jornal diário pelo Dr. Paulo Morais, vice-presidente da Organização Transparência Internacional ? Alguém se revoltou ou contestou quanto ao facto de Paulo Morais ter afirmado que o Centro da da corrupção está na Assembleia da República, dando vários exemplos e referindo até nomes?
É que, segundo o mesmo, há muitos deputados que são simultâneamente administradores de empresas e a lei favorece esses abusos. É nesse sentido que o dr.Marinho Pinto defende que os advogados deveriam ser obrigados a deixar de exercer a profissão, a partir do momento da sua eleição para o Parlamento.
Toda a gente sabe que existem muitos casos de promiscuidade entre o poder político e os privados.
Vejamos este:
- A "Troika" sugere no "memorandum" a VENDA do Negócio SAÚDE da CGD;
- O governo nomeou, entretanto, o dr. António Borges para consultor para as privatizações (leia-se VENDAS) das empresas públicas e/ou com capitais públicos;
- Por coincidência ou não, a Jerónimo Martins (Grupo Soares dos Santos -o homem mais rico de Portugal )
para seu Administrador, MANTENDO as  funções antes referidas para as quais o governo o nomeou.
- Entretanto, este mesmo Grupo Soares dos Santos) veio anunciar a criação de um novo negócio de SAÚDE.
- Por outro lado, a "Troika" exige agora a VENDA URGENTE do NEGÓCIO SAÚDE da CGD.
Será que o Bispo não tem razão?
Perante tudo isto, não posso deixar de repudiar a atitude ignóbil de António Mexia, O TESTA DE FERRO DA EDP e de MAIS QUALQUER COISA, ao afirmar que pretende publicar uma lista com o nome dos clientes devedores àquela empresa, desde que tal dívida atinja € 75, sabendo-se que essa mesma empresa apresenta o lucro de TRÊS MILHÕES de EUROS POR DIA.
Será que ele acredita que a maior parte dos devedores não pagam porque não querem?
Que moralidade terá um homem como ele que tem um vencimento mensal superior ao que a maior parte dos trabalhadores ganham durante toda uma vida.
DONDE LHE VEM TANTO PODER E IMBECILIDADE? Ou será só MALDADE?

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O SALVADOR da PÁTRIA

É assim que quer ser conhecido este imberbe e inexperiente primeiro-ministro.
Além de outras, ficam célebres as expressões, "custe o que custar, nem que seja preciso trincar a língua e que se lixem as eleições".
Para isso, chamou para ministro das finanças um tecnocrata neoliberal que se revelou o maior "bluff" introduzido na política portuguesa dos últimos anos.
O neoliberalismo, oriundo da Escola de Chicago foi pensado como a melhor resposta à crise do capitalismo no ambiente da globalização que então se vivia e vive.
A ausência ou ineficácia das entidades reguladoras e fiscalizadoras, deu origem a que se praticassem graves trafulhices e abusos criminosos nos meios financeiros e bancários.
A grande economia dos EUA sofreu um tremendo abanão do qual ainda não se conseguiu livrar e que logo teve nefastos reflexos em quase todos os países do mundo, atingindo, desde logo e mais profundamente os países da UE.
E é assim que Portugal se vê enredado e se torna uma das maiores vítimas das políticas seguidas e orientadas pelos países que mais têm lucrado e dominam a UE.
Esta organização que foi criada com as melhores intenções de solidariedade e paz entre os homens, zelando pelo seu bem-estar e felicidade, logo se transformou por forma a desumanizar o homem e a sociedade, olhando tão só para o dinheiro e lucro, tratando os homens como simples números.
É neste contexto que surgem as expressões acima referidas e que Passos de Coelho utilizou.
Elas surgiram porque significam que o que é preciso é salvar este capitalismo selvagem.
Atente-se que feito o memorando de entendimento com a "troika", aquele que por circunstâncias várias, o pobre governo de Sócrates se viu obrigado a aceitar, porque, internamente só havia inimigos, as medidas impostas que já de si eram gravosas foram ainda mais agravadas pelo actual governo, porque entendeu que o dogmatismo dos princípios em que assentavam eram os únicos correctos, como há poucos dias referiu  o feirante e viajante Paulo Portas.
Bons alunos, os membros do governo começam agora a dar mostras de nervosismo, porque nenhuma das metas parece poder cumprir-se.
Toda a gente, e não só economistas, sabe que vai ser necessário mais tempo e mais dinheiro, mas o primeiro-ministro e agora o PR, pretendem recorrer aos ensinamento de uma lenda que teria nascido de um acontecimento ocorrido em Monção no Sec .XIV. Trata-se da lenda de Deu-La-Martins que depois de tantos dias de cerco ao castelo pelos Castelhanos e quando pouco mais havia para resistir, conseguiu com uns restos de farinha fazer alguns pães. E para mostrar que dentro do Forte ainda abundava comida, subiu ao alto das muralhas e atirou os pães para cima do inimigo esfomeado e que logo debandou.
assim está Passos e o economista cavaco Silva, só que já estamos no Sec.XXI.
Para concluir terei que dizer que, depois de todos os disparates cometidos, os homens da "troika" já por 4 vezes teceram grandes elogios aos bons alunos que cumpriram as medidas que preconizaram e fiscalizaram.
Como nada resultou, as medidas estavam erradas, pelo que é tempo de responsabilizar a "troika" e os seus mandantes e necessariamente exigir compensações pelos estragos cometidos.
Custe o que custar, nem que seja preciso trincar a língua.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O REMÉDIO ERA VENENO

Ignoramos se , no consulado de Sócrates, o pack IV tivesse sido aprovado e o PSD tivesse colaborado, pelo menos, na medida em que o tem feito o PS, estaríamos na situação aflitiva em que nos encontramos.
Mas, não ignorando os erros do passado, o que é certo é que Sócrates viu-se obrigado a pedir socorro.
É aqui que os "amigos" resolveram acudir-nos, já que o "barco" navegava em águas muito agitadas.
Os "media" começaram a falar da "ajuda" e de uma coisa que apelidaram de "troika"que veio a saber-se ser uma equipa  chefiada por Jürgen Kröger,  Poul Thompsen e Rasmus Rüffer, em representação, respectivamente, da Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu, isto é, três funcionários que pouca gente  devia conhecer e que, por sua vez,  também desconheciam o nosso país.
Enfim, foi o que se pôde arranjar.
Dadas as circunstâncias económicas, financeiras e políticas em que Portugal se encontrava não permitia a um Governo demissionário contestar muitas das medidas que se sabia, desde logo,que não iriam resultar.
Uma delas, talvez a mais pornográfica, na minha opinião, foi o obrigar a  privatizar  com prazo indicado (vender ao desbarato) algumas das empresas consideradas estratégicas para qualquer Estado.
Enfim, a troco de um empréstimo de 78 mil milhões de euros, a entregar às pinguinhas e sob contolo e a uma taxa de juro que também só pode ser considerada própria de agiotas.
Mas eram "nossos amigos" e eles é que sabiam e cobram milhões sempre que se deslocam cá para fiscalizarem o "Estado da Nação".
Entretanto o Governo, legitimado por eleições livres e democráticas,entendeu que tudo estava bem resolvido e até decidiu que as metas a atingir ao fim dos três anos (período de duração do acordo) seriam cumpridas, custasse o que custasse, nem que fosse necessário trincar a língua.
Bons, ou melhor, óptimos alunos apostaram nesta estratégia e, depois de aplicarem tantas daquelas medidas ficaram muito surpreendidos com os resultados que agora têm vindo a conhecer, ao fim de um ano?!
Inocência ou ignorância?
Creio que ambos os substantivos podem ser utilizados. É que esta receita já tinha sido aplicada pelo FMI, designadamente no Brasil, na Argentina e, mais recentemente, na Grécia e sempre com resultados negativos.
A "troika", porém, entendeu fazer mais uma experiência em Portugal e os resultados, para já estão à vista: a dívida externa pública e privada aumentou substancialmente, Portugal ficou muito mais pobre, a recessão agrava-se, o PIB tem vindo a decrescer à medida que a economia vai sendo destruída, o desemprego disparou para valores nunca antes  atingidos e entrámos numa recessão em espiral da qual não nos poderemos livrar, sem que o acordo seja renegociado e sem nova intervenção de uma nova e verdadeira ajuda
Portugal tem toda a legitimidade para exigir verdadeiras medidas de ajuda e até ser indemnizado dos graves prejuízos que tem vindo a sofrer pelas medidas erradas que lhe foram impostas.
Os culpados são conhecidos e os nomes dos seus representantes estão acima indicados.
Como era de esperar e já referido por muitos economistas, a receita está errada e o remédio não é mais que veneno.
Vamos a ver se ainda haverá tempo para salvar o doente.



quinta-feira, 28 de junho de 2012

Hipocrisia, Mentira e Desonestidade

Vem tudo isto a propósito do segredo guardado durante um ano pelo primeiro-ministro Passos de Coelho, sobre o prazo para cumprimento dos ajustamentos acordados aquando da assinatura do "Memorando de Entendimento" assinado com a "troika" pelo Governo de Sócrates.
Segundo Passos de Coelho, interrogada por ele sobre a possibilidade de prorrogar por mais um ano o referido prazo, a "troika" teria respondido que tal já não era possível, porque o acordo já tinha sido assinado!!??
Vamos partir do princípio de que tudo isto foi verdadeiro, aconteceu mesmo e não foi sonho de Passos de Coelho.
Raciocinámos minimamente e somos levados a tecer algumas considerações:

1º. Lembram-se de Passos de Coelho, depois de eleito, ter declarado que nunca se aproveitaria dos erros cometidos pelo Governo de Sócrates para se desculpar de algum eventual fracasso do seu Governo?
Será por isso que demorou um ano a desvendar este segredo?

2º. Quando o tal acordo foi assinado, as condições económicas e financeiras  de Portugal, da UE e do Mundo foram ,ou não, substancialmente agravadas?

3º. Não referindo outras questões como, por exemplo o aumento do custo dos combustíveis, já eram conhecidos os "buracos" da Madeira, da banca; das Câmaras Municipais, etc?

4º. O que é mais grave é que, depois de já conhecidos todos estes "buracos" e outros,Passos de Coelho continuasse, irresponsavelmente, a afirmar que portugal NÃO NECESSITA NEM DE MAIS TEMPO, NEM DE MAIS DINHEIRO.

5º.. Será que Passos de Coelho ainda não entendeu os fracassos da sua miserável (des)governação, tomando inúmeras medidas que foram para além daquelas que foram preconizadas pela "troika"e colocaram o país numa situação de mendicidade da qual, dificilmente poderá sair?

6º. Quando será que este inexperiente e inábil político assume as suas próprias responsabilidades, altera as suas políticas recessivas e se junta aos outros países que, como nós endividados. necessitam da solidariedade da Europa, sobretudo da  Europa do euro?

A hipocrisia, a mentira e a desonestidade só prejudicarão a unidade e coesão social  e os políticos que não entendem isso,  nunca deveriam ocupar as "cadeiras" do Poder.



quinta-feira, 24 de maio de 2012

TENHO QUE DESABAFAR

Há duas questões que considero de tamanha e escandalosa importância na vida do nosso país, que me faz recear vir um dia a ter vergonha de  dizer que sou português.
Comecemos pela chamada "crise" e pelo comportamento de quem devia ter a responsabilidade de nos governar.

Como é sabido, estamos numa situação de mendicidade que se tem vindo a agravar à medida que as medidas impostas pela "troika"vão sendo implementadas.
Tais medidas baseiam-se no princípio neoliberal de profunda austeridade, empobrecimento, destruição de tudo o que é público, como o S.N.Saúde, bem como a Escola pública ,  dando toda a preferência aos privados, pelo que as privatizações têm que ser feitas "custe o que custar, mesmo que se tenha de trincar a língua".
Tudo isto já tinha sido ensaiado pelo FMI noutros países, designadamente no Brasil e na Argentina, com os resultados nefastos que se conhecem.
Chegando a vez da Europa e falamos da Europa a 27, tudo se complicou, porque a solidariedade, princípio fundamental, que imbuía o espírito dos fundadores da CEE, hoje UE, esse espírito desapareceu.
Aproveitando-se da situação, a Alemanha, sob a batuta da srª Merkel, iniciou o IV Reich apoiada por Sarkozy.
Como é evidente, o resultado vai ser o desaparecimento do Euro, como moeda única, e destruição da UE tal como estava pensada.
Daí que tivessem surgido vozes, como a de François Hollande e do interior do próprio FMI, a contrariar essas medidas, tão só de austeridade impostas aos países ocupados pela "troika" e a recomendarem , a par, medidas de apoio ao crescimento e empregabilidade.
Mas o IV Reich parece imparável e teima em defender apenas os seus interesses.
O que me custa é o facto de, sendo Portugal um dos países ocupados, haja colaboracionistas neste país e, o mais grave, é que entre eles, figurem membros do governo, nomeadamente o primeiro-ministro.

A segunda questão diz respeito à Justiça em Portugal.                                                                                       Já não vou referir-me à letargia e sonolência que domina o Tribunal Constitucional que nada faz perante a legislação que tem vindo a ser publicada e que, como tem sido provado por vários constitucionalistas, violam os princípios constitucionais.
Apenas chamo a atenção para o que se tem passado nos últimos tempos na administração da Justiça, relevando o caso de Isaltino de Morais.
Como é possível deixar prescrever crimes provados em julgamentos de outras instâncias?!
Não tenho dúvidas em afirmar que existe uma justiça para ricos e outra  Justiça para pobres.
tenho vergonha que a nossa Justiça ombreie com aquela que é administrada nos países do chamado terceiro mundo.
Neste tema, pergunto como é possível recuar tanto no tempo e já sinto vergonha.

sábado, 12 de maio de 2012

Ignorância, insensibilidade e frieza



Foi com espanto e indignação que ouvi ontem o primeiro-ministro dizer que o desemprego não constitui um drama, mas a oportunidade de se aprender com os erros cometidos e conseguir mais competências para se voltar a arranjar emprego.
tudo na perspectiva de adaptação aos novos tempos que se vivem nas sociedades modernas.
Entretanto, no dia anterior, numa conferência(?) para alunos alemães(?) tinha ouvido o ministro das finanças referir, mais ou menos o seguinte: o ser humano tem toda a capacidade de ultrapassar situações difíceis, tal como a morte de um familiar e outros desgostos, mas o desemprego constitui um dos problemas em que o ser humano mais se ressente e passível de corroer a auto-estima e por isso, muito difícil de vencer.
Visões contraditórias sobre o grave problema do desemprego que em Portugal já vai em mais de 15% da população activa e ataca sobretudo os jovens, muitos deles apetrechados com cursos superiores.



Mas quem são estes políticos que nos (des)governam, sabendo-se que o desemprego tem tendência a aumentar face às medidas recessivas impostas pela troika e agravadas por um governo que se curva e rasteja, porque tem partida a coluna vertebral, tendo receio de desobedecer e ser visto como não bom aluno.
É que este primeiro-ministro é um político que sempre se movimentou dentro da política e com os favores dos políticos do partido a que pertence. Ignorante e feito à pressa, não tem a noção das realidades e dos dramas vividos por tantas famílias.
Todos se lembram do seu apelo feito à juventude para resolver a sua situação, recorrendo à emigração.
É esta a solução que ele tem para os problemas e que não tem escondido. Ele sabe que não vai ficar no desemprego quando largar "O POTE", porque se protegem uns aos outros. De salientar que muitos dos políticos, muito deles já na idade da reforma, continuam agarrados a dois e mais tachos, roubando o emprego a jovens mais idóneos e competentes.
Já o ministro das finanças, como diz o Prof. de Coimbra, Boaventura de Sousa Santos, é um português, mas com passaporte alemão. Olha pelo seu futuro ao qual não é estranho o apreço que lhe dedica o seu colega da Alemanha, que para ele anda a procurar um lugar de destaque na cena internacional.
Posto isto, que temos a esperar destes inaptos, ignorantes, insensíveis e frios políticos??!!
A História os julgará, já que tanta mentira ou lapsos(?) inventaram, bem como promessas por cumprir, traíndo os que neles votaram.

Estou certo que todos aprenderão com os erros cometidos, mesmo o primeiro-ministro, bem como o ministro das finanças.

domingo, 8 de abril de 2012

Viajar no escuro

Quando este governo, após tanta difamação, quis apanhar "o Pote",a maioria dos portugueses ficaram cheios de esperança, até porque as promessas que fez, durante e depois da campanha eleitoral eram apetecíveis e o actual primeiro-ministro aparentava  grande credibilidade e honestidade.
Pouco depois tudo se esfumou com os aumentos de impostos, a falência crescente de empresas e insolvência das pessoas a nível individual, os cortes nos vencimentos, o corte no subsídio de Natal, o empobrecimento, a recessão e o galopante aumento do desemprego.
Vieram depois as aldrabices os auto-elogios e os incríveis elogios de elementos destacados da UE e do FMI.
Éramos o exemplo dos países bem comportados e cumpridores!
Durante  o corrente ano continuaram a fazer-se as desvalorizações internas, já que não temos moeda própria para desvalorizar.
Com a nossa soberania, também desvalorizada, vendemos e continuamos a vender empresa, sabendo-se que algumas delas são e serão estratégicas.
Nunca protestamos demasiadamente, mesmo as medidas objectivamente erradas. O que interessava era SERMOS CUMPRIDORES.
Mais aldrabices sobre a data para a reposição dos dois meses roubados aos funcionários públicos e aos PENSIONISTAS, até que o ministro que fala "au ralenti" foi obrigado, perante insofismável provas, a confessar que se enganou??!!
Tudo, porque em 2015 há eleições.
Mas os paroquianos parecem ter acordado e chegado à conclusão que afinal este governo é escandalosamente mais aldrabão e impreparado do que o  que o precedeu.
Todos os índices macroeconómicos são piores do que o próprio governo tinha previsto e a recessão, a pobreza e o desemprego continuam a aumentar assustadoramente.
E o que é feito do dinheiro dos impostos, daquele que nos roubaram e do que a "troika" já nos entregou??!!
O governo está sem qualquer rumo e nós continuamos a viajar no escuro. ATÉ QUANDO???