Foi com espanto e indignação que ouvi ontem o primeiro-ministro dizer que o desemprego não constitui um drama, mas a oportunidade de se aprender com os erros cometidos e conseguir mais competências para se voltar a arranjar emprego.
tudo na perspectiva de adaptação aos novos tempos que se vivem nas sociedades modernas.
Entretanto, no dia anterior, numa conferência(?) para alunos alemães(?) tinha ouvido o ministro das finanças referir, mais ou menos o seguinte: o ser humano tem toda a capacidade de ultrapassar situações difíceis, tal como a morte de um familiar e outros desgostos, mas o desemprego constitui um dos problemas em que o ser humano mais se ressente e passível de corroer a auto-estima e por isso, muito difícil de vencer.
Visões contraditórias sobre o grave problema do desemprego que em Portugal já vai em mais de 15% da população activa e ataca sobretudo os jovens, muitos deles apetrechados com cursos superiores.
Mas quem são estes políticos que nos (des)governam, sabendo-se que o desemprego tem tendência a aumentar face às medidas recessivas impostas pela troika e agravadas por um governo que se curva e rasteja, porque tem partida a coluna vertebral, tendo receio de desobedecer e ser visto como não bom aluno.
É que este primeiro-ministro é um político que sempre se movimentou dentro da política e com os favores dos políticos do partido a que pertence. Ignorante e feito à pressa, não tem a noção das realidades e dos dramas vividos por tantas famílias.
Todos se lembram do seu apelo feito à juventude para resolver a sua situação, recorrendo à emigração.
É esta a solução que ele tem para os problemas e que não tem escondido. Ele sabe que não vai ficar no desemprego quando largar "O POTE", porque se protegem uns aos outros. De salientar que muitos dos políticos, muito deles já na idade da reforma, continuam agarrados a dois e mais tachos, roubando o emprego a jovens mais idóneos e competentes.
Já o ministro das finanças, como diz o Prof. de Coimbra, Boaventura de Sousa Santos, é um português, mas com passaporte alemão. Olha pelo seu futuro ao qual não é estranho o apreço que lhe dedica o seu colega da Alemanha, que para ele anda a procurar um lugar de destaque na cena internacional.
Posto isto, que temos a esperar destes inaptos, ignorantes, insensíveis e frios políticos??!!
A História os julgará, já que tanta mentira ou lapsos(?) inventaram, bem como promessas por cumprir, traíndo os que neles votaram.
Estou certo que todos aprenderão com os erros cometidos, mesmo o primeiro-ministro, bem como o ministro das finanças.
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