sábado, 29 de dezembro de 2012

Os mercados e a falta de vergonha

Os mercados e a falta de vergonha:
Os líderes parlamentares do PSD e do CDS coincidem ao defender que o acto adicional aos Tratados Europeus é uma forma "desajustada" e que a alternativa ao seu "chumbo"teria como resultado maior desemprego e mais instabilidade social.
Como dizia Nietzche "O encanto do conhecimento seria pequeno se pelo caminho não tivesse que ser superada tanta Vergonha".
Na realidade, estamos num processo em que os actuais dirigentes da UE passaram a não respeitar minimamente os princípios e os fundamentos que levaram à criação da CEE e,  pelo contrário, têm vindo a remar contra todos os esforços que animaram os seus fundadores.
Sob o ponto de vista legislativo, os países, sobretudo aqueles que vivem momentos mais difíceis, estão a perder a sua soberania ao submeterem-se a agentes anónimos a que chamam "MERCADOS".
Exemplo disso é o que se passa em Portugal, onde as Leis  quase não existem e em que a própria Constituição é letra morta com a aquiescência do Presidente da República e com o vergonhoso consentimento do Tribunal Constitucional.
Daí que todas as políticas que nos são impostas ou determinadas pelo governo nos tragam mais  austeridade, recessão, empobrecimento e galopante desemprego, realidades que, infelizmente, todos podemos diariamente constatar.
Mas, aqueles que enriqueceram à custa dos países do Sul da Europa gananciosamente vão impondo cada vez mais políticas recessivas, cujos resultados já conhecem.
Mas estupidamente, estes países que mais têm sofrido com tais medidas, não são capazes de se juntarem e tomarem uma posição comum contra a tal ganância dos ditos "MERCADOS" e de quem os mesmos são executores.
Mas não. Não têm a dignidade que seria de esperar para lutarem, em conjunto, contra tais imposições que só os empobrecem!!!
Mas, no que diz respeito a Portugal, a questão ainda é mais grave, uma vez que, para mostrar a sua obediência ( diria melhor subserviência)  e disciplina quer colocar-se à frente da carroça para ser dos primeiros a ajoelhar-se para aceitar tudo aquilo a que nos obrigam com toda a indignidade.
É preciso ratificar, "custe o que custar, nem que seja necessário trincar a língua".
É que temos medo que venha aí a instabilidade social e mais desemprego!!!???
Este governo colocou o povo na situação de indigência, por falta de vergonha e do mínimo de dignidade.

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