terça-feira, 16 de outubro de 2012

GASPAR DIXIT

A proposta do OE para 2013 foi ontem apresentada na Assembleia da República. Antes, porém, Victor Gaspar, ministro escolhido, não sei porque artes nem por quem , para chefiar o ministério das finanças neste governo, advertiu em monólogo televisivo que não havia qualquer margem para que as medidas referidas naquela proposta pudessem ser mitigadas.
Mais advertiu que ou aquele OE ou o Caos.
Sabendo-se da insatisfação, incredulidade, falta de esperança e desespero da maioria esmagadora da população que deixou de confiar neste governo que errou todas as metas que constavam no OE para o ano em curso;
Sabendo-se, ainda que todos os partidos da oposição e, mesmo o CDS, partido da coligação não partilha do aumento de impostos, porque se atingiu já a saturação fiscal, Gaspar insiste na presente proposta que a contenção do défice se deve fazer pelo lado da receita (81%) e 19% pelo lado despesa.
Como é evidente, as medidas atingem ainda maior gravidade do que aquelas que constavam do OE de 2012.
Todos os economistas das mais variadas áreas políticas, excepto Victor Bento (um senhor careca que aparece muitas vezes na TV, alegam que será muito difícil cumprir o OE tal como consta da proposta, e sendo que a maior parte deles declara mesmo que o seu cumprimento não é exequível, mas encontram,no entanto, em Victor Gaspar, a maior, melhor e, talvez, a única "cabecinha pensadora" a argumentação proferida ex cáthedra que a escolhida por si é a Única VIA.

Apesar deste OE ser apelidado de DESASTRE NACIONAL, SAQUE , BOMBA de NAPALM, etc., Gaspar  mantém-se firme na sua obstinação, teimosia e casmurrice.
Até há pouco tempo, eu não entendia a sua estranha atitude, mas o segredo foi desvendado naquele monólogo televisivo que antes referi.
Gaspar afinal tem uma dívida para com o Estado Português. É que o Estado eu, você e todos os outros portugueses) investiu muito na sua formação durante décadas e daí que ele se sinta na obrigação e dever de compensar o Estado, nem que seja para o destruir.
Repare-se ainda no primarismo intelectual e político desta "cabecinha pensadora ao advertir o povo português e os deputados que o representam na Assembleia da República ao declarar que ou este OE ou o caos.
Com esta ameaça, aquela "cabecinha pensadora", não só despreza e desrespeita o povo português, como os próprios deputados ao pretender transformá-los em meras  marionetas humanas.
A isto chama-se ultrapassar os limites, já não digo os limites da ignorância, mas da imbecilidade.
Senhor ministro, em meu nome e dos restantes portugueses perdoo-lhe a dívida que tem para com o Estado, mas, em contra partida, peço-lhe encarecidamente que se vá embora e não regresse a este país, a não ser que algum dia tenha que responder perante a Justiça.

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