quarta-feira, 25 de julho de 2012

O SALVADOR da PÁTRIA

É assim que quer ser conhecido este imberbe e inexperiente primeiro-ministro.
Além de outras, ficam célebres as expressões, "custe o que custar, nem que seja preciso trincar a língua e que se lixem as eleições".
Para isso, chamou para ministro das finanças um tecnocrata neoliberal que se revelou o maior "bluff" introduzido na política portuguesa dos últimos anos.
O neoliberalismo, oriundo da Escola de Chicago foi pensado como a melhor resposta à crise do capitalismo no ambiente da globalização que então se vivia e vive.
A ausência ou ineficácia das entidades reguladoras e fiscalizadoras, deu origem a que se praticassem graves trafulhices e abusos criminosos nos meios financeiros e bancários.
A grande economia dos EUA sofreu um tremendo abanão do qual ainda não se conseguiu livrar e que logo teve nefastos reflexos em quase todos os países do mundo, atingindo, desde logo e mais profundamente os países da UE.
E é assim que Portugal se vê enredado e se torna uma das maiores vítimas das políticas seguidas e orientadas pelos países que mais têm lucrado e dominam a UE.
Esta organização que foi criada com as melhores intenções de solidariedade e paz entre os homens, zelando pelo seu bem-estar e felicidade, logo se transformou por forma a desumanizar o homem e a sociedade, olhando tão só para o dinheiro e lucro, tratando os homens como simples números.
É neste contexto que surgem as expressões acima referidas e que Passos de Coelho utilizou.
Elas surgiram porque significam que o que é preciso é salvar este capitalismo selvagem.
Atente-se que feito o memorando de entendimento com a "troika", aquele que por circunstâncias várias, o pobre governo de Sócrates se viu obrigado a aceitar, porque, internamente só havia inimigos, as medidas impostas que já de si eram gravosas foram ainda mais agravadas pelo actual governo, porque entendeu que o dogmatismo dos princípios em que assentavam eram os únicos correctos, como há poucos dias referiu  o feirante e viajante Paulo Portas.
Bons alunos, os membros do governo começam agora a dar mostras de nervosismo, porque nenhuma das metas parece poder cumprir-se.
Toda a gente, e não só economistas, sabe que vai ser necessário mais tempo e mais dinheiro, mas o primeiro-ministro e agora o PR, pretendem recorrer aos ensinamento de uma lenda que teria nascido de um acontecimento ocorrido em Monção no Sec .XIV. Trata-se da lenda de Deu-La-Martins que depois de tantos dias de cerco ao castelo pelos Castelhanos e quando pouco mais havia para resistir, conseguiu com uns restos de farinha fazer alguns pães. E para mostrar que dentro do Forte ainda abundava comida, subiu ao alto das muralhas e atirou os pães para cima do inimigo esfomeado e que logo debandou.
assim está Passos e o economista cavaco Silva, só que já estamos no Sec.XXI.
Para concluir terei que dizer que, depois de todos os disparates cometidos, os homens da "troika" já por 4 vezes teceram grandes elogios aos bons alunos que cumpriram as medidas que preconizaram e fiscalizaram.
Como nada resultou, as medidas estavam erradas, pelo que é tempo de responsabilizar a "troika" e os seus mandantes e necessariamente exigir compensações pelos estragos cometidos.
Custe o que custar, nem que seja preciso trincar a língua.

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